Assim como o ‘The Red Way’, do Liverpool: futebol brasileiro intensifica iniciativas sustentáveis

Com destaque para as regiões Sul e Nordeste, veja mais sobre alguns times do país que se comprometem com a pauta ambiental

Foto: Ciclo Orgânico


O Liverpool FC divulgou nesta semana a nova edição do relatório The Red Way, que detalha a estratégia de sustentabilidade do clube agora alinhada a 16 dos 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU. Esse movimento do time inglês reforça uma prática que vem se intensificando no futebol brasileiro: o avanço de iniciativas sustentáveis dos clubes na preservação do meio ambiente. 

O Criciúma tem se destacado como um dos times pioneiros em sustentabilidade no país. No estádio Heriberto Hülse, o projeto “Recicla Junto”, idealizado pela Cristalcopo, promove a coleta de resíduos gerados durante as partidas do clube, tanto dentro quanto fora dos gramados. A iniciativa busca garantir o destino correto de todo o lixo produzido nos jogos, encaminhando materiais como plástico, papel e vidro para reciclagem. Só no último Campeonato Brasileiro da Série A, mais de 15 mil toneladas foram recolhidas. Em 2023, ano em que o Tigre disputou a Série B, foram 12.848 toneladas recicladas graças ao movimento.

“É gratificante observar cada vez mais medidas favoráveis ao meio ambiente no esporte. O futebol exerce influência sobre uma parcela significativa da população e pode ser um grande aliado para a educação socioambiental na sociedade. Buscamos incentivar essa transformação pelo exemplo, visando desencadear cada vez mais iniciativas positivas em prol do planeta”, destaca Augusto Freitas, CEO da Cristalcopo, empresa idealizadora do Recicla Junto e patrocinadora do Criciúma.

O Internacional é mais um time sulista que tem compromisso com o meio ambiente. O Beira-Rio, modernizado para atender a exigências ambientais rigorosas, conta com a Certificação LEED Silver, que reconhece edificações sustentáveis. Além disso, o Colorado conta com um sistema de captação da água da chuva em 22 das 65 membranas que cobrem o estádio. Essa água é direcionada para duas cisternas com capacidade total de 300 mil litros e reaproveitada nos vasos sanitários. Vale ainda ressaltar que em 2024 o clube reciclou mais de 34 toneladas de resíduos secos.

O Juventude, por sua vez, investe em energia limpa com a instalação de 240 paineis solares, distribuídos entre o estádio Alfredo Jaconi e o centro de treinamento. A iniciativa proporciona uma economia mensal de cerca de R$15 mil. O alviverde também faz o reaproveitamento da água, onde toda chuva que cai sobre o telhado do ginásio e nos campos do CT são direcionadas para um açude. 

Fortaleza e Ceará são outras equipes que seguem avançando em práticas sustentáveis. A Arena Castelão, onde ambos mandam suas partidas, foi o primeiro estádio da América do Sul a conquistar a certificação ambiental LEED, concedida pelo Green Building Council. A estrutura conta com sistema de esgoto a vácuo, que reduz o consumo de água, além de torneiras com fechamento automático, mictórios com sensores e sistema de captação de águas pluviais, utilizado na irrigação do gramado, entre outras funções.

O Sport é mais uma equipe que se preocupa com essa pauta. No mês passado, o clube firmou um acordo de compensação ambiental com a prefeitura do Recife, em decorrência do projeto de reforma da Ilha do Retiro. O Leão se comprometeu a investir R$2,7 milhões, valor estipulado após análise de Estudo de Impacto de Vizinhança.


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